O setor imobiliário defende uma maior intervenção do Estado português na construção de habitações. Os negócios têm estado a estabilizar, apesar da diminuição das vendas.
Segundo Paulo Caiado, da Associação de Profissionais e Empresa de Mediação Imobiliária, o aumento da procura pela mediação tem sido a principal compensação para o setor.
A subida das taxas de juro tem um impacto direto nas famílias com crédito à habitação, mas acaba por ser também um desafio para o setor imobiliário.
Também as famílias que não estão no mercado acabam por ser afetadas pela subida dos juros, já que querem comprar casa, mas não conseguem.
Paulo Caiado defende que o principal problema é a falta de oferta, sobretudo a preços acessíveis, e pede a atuação do Estado neste assunto.
“Deve haver uma oferta direcionada naquele segmento, perante o que são os custos com terrenos, materiais de construção, de mão de obra. Só será possível com a intervenção do Estado”, explicou.
Em Portugal há quatro milhões de famílias que são proprietárias de um imóvel. 65% tem a casa paga, 35% está a pagar a habitação ao banco.