Economia

Paragem na Autoeuropa: maior preocupação são os 300 trabalhadores dispensados

As Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa vão reunir com a ministra do Trabalho. De manhã, já transmitiram as preocupações ao Bloco de Esquerda.

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As Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa reúnem-se esta terça-feira com a ministra do Trabalho por causa da paragem de produção na empresa.

De manhã, reuniram-se com o Bloco de Esquerda (BE).

O coordenador da Comissão de Trabalhadores do Parque Industrial, Daniel Bernardino, diz que a maior preocupação são os cerca de 300 trabalhadores dispensados.

"Demonstrámos aqui a nossa preocupação sobre aquilo que se tem passado estas semanas. Transmitimos à representação que tivemos do Bloco de Esquerda em relação aos trabalhadores que não têm qualquer proteção social, principalmente aqueles 300 que identificámos que vão ficar desempregados e aos que não têm subsídio de desemprego", afirma.

O Governo anunciou segunda-feira que está a estudar soluções para dar resposta aos problemas resultantes da paragem de produção na Autoeuropa e que tem prevista para hoje uma reunião com a coordenadora das CT do parque industrial da Autoeuropa, com a presença da ministra do Trabalho.

BE exige pagamento de 100% dos salários a trabalhadores afetados

A coordenadora do BE defendeu o pagamento de salários a 100% a todos os trabalhadores da Autoeuropa e das empresas fornecedoras instaladas no parque industrial, durante a paragem de produção prevista até 12 de novembro.

"A Autoeuropa é uma empresa importante para a economia do país. Esperava ouvir mais da parte do Governo, mais da parte do primeiro-ministro, mas também mais responsabilidade da parte da própria empresa. A Autoeuropa é uma empresa que recebeu muitos apoios do Estado ao longo dos últimos anos, tem uma importância imensa na economia portuguesa e para o trabalho de toda uma região do distrito de Setúbal", disse Mariana Mortágua.

Em segundo lugar, acrescentou, "tem de haver uma preocupação muito especial com os trabalhadores que têm vínculos temporários, que estão em risco de despedimento, e que também podem estar em risco de não ter acesso ao subsídio de desemprego".