No próximo ano o aumento das rendas será de cerca de 7% se o Governo não voltar a aplicar um travão. As associações que defendem o direito à habitação dizem que nada está a ser feito e há uma manifestação marcada para o final do mês.
Em abril deste ano, seis cidades juntaram milhares nas ruas a exigir uma resposta à crise da habitação. Cinco meses depois, dizem os movimentos, nada mudou e o pacote mais habitação de pouco serve.
Pedem a redução imediata das rendas e empréstimos, o fim dos incentivos a estrangeiros e um plano de emergência para estudantes, além do prolongamento da norma de travão, que dizem que já devia ter sido anunciada.
“É uma medida que nos parece mais viável a curto prazo para conseguir conter a subida dos valores do arrendamento”, sublinha Luís Mendes, do Movimento Morar em Lisboa
Luís refere também que os preços na capital são três vezes mais caros do que em cidades como Berlim. O INE já confirmou que as rendas podem subir quase 7% em janeiro.
“Apesar do Governo saber há meses que os números da inflação, que apontariam para um aumento elevadíssimo das rendas em 2024, e o Governo nada fez”, refere Mariana Mortágua.
Outra das medidas que os movimentos defendem é a criação de tetos máximos de renda consoante as freguesias e o fim da lei do arrendamento de 2012.
A próxima manifestação, subscrita por mais de 100 associações e movimentos, está marcada para 30 de setembro.