Portugal não é o único país a criticar publicamente a política do Banco Central Europeu (BCE), mas Christine Lagarde garantiu hoje que os Ministros das Finanças da Zona Euro não questionaram a decisão.
A determinação é evidente. Pelo menos até abril, está fora de questão falar em abrandamento.
“Posso assegurar-vos que iremos lá chegar. Iremos controlar a inflação e voltar aos 2% atempadamente”, diz a presidente do BCE.
Christine Lagarde não abdica da estratégia de aumentar as taxas de juro para controlar a inflação, mesmo com as criticas de alguns países da Zona Euro.
"A posição do BCE é muito rígida. É penalizadora para todos os governos, e objetivamente favorece um bocadinho posições mais radicais do ponto de vista político", afirma Marcelo.
Aos microfones dos jornalistas, Portugal não é o único a criticar a política do BCE - pelo menos os governos espanhol e italiano também já mostraram desagrado.
“Não houve contestação”, diz Lagarde
A reunião informal do Eurogrupo com os Ministros das Finanças, onde esteve Fernando Medina, poderia ser o momento para comunicar o desagrado em pessoa à presidente do BCE.
E todos ouviram uma explicação detalhada sobre a visão do BCE. “Não houve contestação”, garante Lagarde.
A presidente do Banco Central Europeu tem pedido aos países para pararem de criar mecanismos de apoio às famílias. Apelo que Portugal tem ignorado.
Ainda antes do anuncio da nova subida dos juros, já o primeiro-ministro aparecia em frente às câmaras para anunciar novos mecanismos de apoio ao pagamento do crédito à habitação.