As gerações futuras vão herdar um país com problemas que se podem agravar a a nível da habitação e do ambiente. O estudo do Instituto de Políticas Públicas assinala que, entre 2015 e 2020, houve uma "melhoria ligeira da justiça inter-geracional", mas é preciso mudar políticas no país para não deixar aos jovens um futuro pior do que o presente.
Segundo um estudo do Instituto de Políticas Públicas, que analisa a vida dos mais novos, entre 2015 e 2020, as atuais gerações vão deixar para as próximas um futuro pior.
A precariedade e o aumento do custo de vida, sobretudo, com a habitação são problemas que ameaçam a autonomia. Mais de metade dos que têm entre 25 e 34 anos vive em casa dos pais.
O mercado de trabalho e as finanças públicas, como as condições de vida, até registaram ligeiras melhorias, mas quem agora vive em carência são, sobretudo, crianças e jovens, o que pode acentuar o caráter estrutural da pobreza no país.
Na saúde, a falta de investimento em prevenção traz uma fatura pesada em tratamentos.
O estudo analisa ambiente, saúde, trabalho, habitação, pobreza e finanças e permite definir também um índice global entre gerações.
O estudo sugere uma inversão das políticas públicas e a criação de um observatório de justiça que aponte caminhos para que cada geração possa beneficiar tanto do Estado como transfere para as gerações futuras.