A procura estrangeira continua a fazer disparar os investimentos turísticos no Algarve, mas também os preços das casas. No Barlavento, a falta de habitação a preços acessíveis está a deixar várias famílias sem alternativa e aumentam os pedidos de ajuda aos municípios.
Ciente de que a falta de habitação no Algarve é para muitos um problema à espera de resposta, o Município de Lagos vai construir pelo menos 250 novos fogos. Alguns já se encontram concluídos, mas a lista de pedidos é extensa e a burocracia também.
São cerca de 1.700 famílias a concorrer ao programa de habitação social, número que quadruplicou desde o último concurso. Num concelho que sempre beneficiou de cooperativas, combater a escassez de habitação é mais que nunca uma prioridade.
A seguir a Loulé e Albufeira, Lagos é o terceiro concelho algarvio mais procurado pelos estrangeiros e o segundo onde fica mais caro adquirir casa. Segundo os profissionais do ramo, é provável que assim se mantenha devido à elevada procura.
No primeiro semestre de 2023, o Barlavento algarvio absorveu 60% da procura internacional por imóveis, com os ingleses a dominar o mercado de compra e venda. Já no arrendamento dividiram a liderança com os brasileiros, seguidos por alemães, espanhóis e norte-americanos.