Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, apresenta o relatório bianual d estabilidade financeira este novembro e João Duque, comentador SIC, analisa as perspetivas económicas para o futuro.
“Sabemos o que tem vindo a ser anunciado, as expectativas de crescimento para 2023 foram revistas face ao anterior em alta, porque 2023 acabou por correr melhor do que expectável, o inicio do ano foi trancamento bom, e 2024 um bocadinho pior do que estava previsto no anterior relatório, há umas nuvens mais negras para esse enquadramento”, analisa o economista João Duque.
Da mesma forma, a instabilidade política vem dar uma abanão à estabilidade, mas a aprovação do Orçamento do Estado para 2024, refere o comentador SIC, retira “alguma incerteza” e aponta algumas medidas “Importantes para Portugal”.
“O rendimento das famílias vai ser melhorado, com a redução do IRS e o aumento dos salários, através do consumo interno pode-se compensar o que possa ser uma quebra das exportações de bens, dado que as empresas se estão a ressentir com uma quebra de encomendas”, expõe o economista.
A conjuntura internacional não é boa, nem está estável ao nível dos bens, segundo o comentador SIC, ao nível do serviço, em que o grande setor que alimenta dois terços da pasta é o turismo, as coisas estão “a andar muito bem em termos relativos”, em que os hoteleiros confessam que o trimestre está a bater recordes.
A respeito das taxas de juro, Mário Centeno tem uma opinião própria e João Duque acha que quer apresentar a “primavera”, mas a realidade pode ser outra.
"Governador tem sido defensor de travar as subidas, é normal que seja o primeiro a anunciar a primavera, eu olho para a votação do mercado e vê-se através dos preços de transação do mercado e o mercado antevê que até julho não há descidas nas taxas de referência, vamos ter um primeiro semestre as taxas de juro são altas, se a inflação continuar a baixar vamos ter taxas de juro positivas", conclui.