Economia

Quais os grandes negócios que vão acontecer em 2024?

A compra da Altice será um dos grande negócios que pode acontecer já em janeiro, mas se há empresas em alta, há outras que caem em desgraça, como a Farfetch.

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A Luz Saúde vai regressar à Bolsa de Lisboa com uma avaliação que pode chegar aos mil milhões de euros. A Luz Saúde já esteve na Euronext, uma das principais bolsas de valores da Europa e que gere o mercado em Lisboa.

A Fidelidade, atual dona da Luz Saúde, comprou a rede de hospitais privados por mais de 450 milhões de euros à então Espírito Santo Saúde, em 2014, com o colapso do BES e do GES.

O grupo chinês Fosun, que é dono da Fidelidade, está cotado na bolsa de Hong Kong e tem uma posição estratégica no mercado nacional. É também acionista de referência no BCP e na REN.

Ao que o Expresso apurou, os chineses da Fosun não querem perder o controlo da Luz Saúde, e por isso, entre 30 a 40% ficarão nas mãos dos investidores e a entrada em bolsa deverá acontecer depois das eleições de março.

O regresso, depois da saída em 2018, poderá tornar a Luz Saúde na 12ª maior empresa cotada. E a oferta pública inicial poderá ser a maior dos últimos 10 anos, se a avaliação da empresa chegar ou superar os mil milhões de euros.

Outro dos negócios milionários a fechar o ano é a venda Greenvolt. Um fundo norte-americano quer comprar a empresa de energias renováveis e manter João Manso Neto como CEO.

Manso Neto que é arguido no processo das rendas da EDP, ainda sem acusação do Ministério Público.

O Expresso diz a avaliação da Greenvolt ronda os 1,16 mil milhões de euros e a empresa pode sair da bolsa de lisboa.

O meganegócio do próximo ano poderá ser a compra da Altice pelo fundo de investimento norte-americano Warburg Pincus e pelo empresário português António Horta Osório. Juntos oferecem mais de 6 mil milhões por toda a operação da Altice Portugal.

O objetivo, diz o Expresso, é recuperar o nome e a marca da então Portugal Telecom. Quem também está na corrida é a operadora saudita que fez uma oferta entre os 7 a 9,5 mil milhões de euros.

A fechar o ano, está a queda da Farfetch. O resgate chegou da Coreia do Sul. A Coupang comprou a empresa com sede em Londres e vai emprestar 500 milhões de dólares à Farfetch.

Está também prevista a saída da bolsa de Nova Iorque que quase levou a empresa ao colapso e que culminou com a demissão da administração, mas José Neves, o fundador e CEO quer continuar. Os investidores e trabalhadores que detinham ações perdem o capital investido.

Um negócio que salvou a Farfetch da falência, mas que não vai impedir despedimentos.

Com o novo ano quase a começar, a atenção estará na compra da dona da MEO, uma das maiores empresas do país.