O azeite é o produto cujo o preço mais tem aumentado, segundo o cabaz alimentar que está a ser acompanhado pela DECO. Uma garrafa custa atualmente cerca de 12 euros, mais cinco euros do que no ano passado.
Entre uma lista de 10 produtos com maior variação de preço que engloba, por exemplo, cebola, laranja e batata o azeite ocupa o primeiro lugar. É o produto alimentar essencial, do cabaz que está a ser acompanhado pela DECO, que mais aumentou num ano.
“Não estamos a ganhar dinheiro no azeite”
Com uma diferença de cinco euros, de 2023 para 2024, a diferença é sentida para quem compra mas também para quem vende. Inês Barata, comerciante, conta à SIC que praticamente não tem margem de lucro, porque vende a garrafa a oito euros.
"Nós somos uma mercearia portuguesa, não faz sentido ter azeite a 12€, muito caro, ou não ter azeite. É um elemento essencial na cozinha portuguesa. Assumimos que não estamos a ganhar dinheiro no azeite. Temos o azeite na prateleira para as pessoas poderem consumir normalmente", revela.
Os clientes dizem que o azeite é um produto de luxo e, por isso, procuram alternativas como o azeite com mistura de óleo de girassol, que custa quase menos 50%.
Apesar da estimativa do INE de um aumento da produção no ano passado, a pressão dos mercados internacionais, onde a procura também aumentou, acaba por influenciar o preço final, acrescentado a isto o aumento da inflação e o fim do IVA Zero.