Desde o final do verão que o desemprego tem aumentado. Em janeiro, subiu 5,5% face a dezembro. É o sétimo aumento consecutivo. Em apenas um mês, mais de 19 mil pessoas perderam o trabalho.
Estavam inscritos nos centros de emprego mais de 335 mil pessoas. Os dados são do Instituto do Emprego e Formação Profissional que indicam também que o aumento em comparação com período homólogo, ou seja, janeiro de 2023, foi de 4%.
A subida mais expressiva é nos jovens com menos de 25 anos. Já, a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que concentra o maior de número pessoas sem um emprego.
Apenas a Madeira é exceção à regra onde o emprego tem crescido.
Apesar dos aumentos consecutivos, o secretário de Estado do Trabalho diz que em declarações ao jornal ECO que não há sinal para alarme.
"O mercado de trabalho tem registado uma excelente performance. O que verificamos é um mercado de trabalho dinâmico, pujante, que dá sinais de resistir à conjuntura", disse Miguel Fontes.
Em janeiro, o desemprego afetava mais os trabalhadores não qualificados dos serviços pessoais, vendedores e os trabalhadores qualificados da indústria e da construção.
Embora admita que não é razão para alarme o executivo reconhece que é um problema.
"O desemprego é sempre um problema para quem está nessa situação", acrescentou ainda o secretário de Estado do Trabalho.
O aumento do desemprego é uma consequência direta do abrandamento da economia que este ano tanto em Portugal como na Zona Euro pouco irá crescer devido ao aumento das taxas de juro.