O aumento do custo de vida está a levar cada vez mais famílias a pedir ajuda aos municípios. Em Santiago do Cacém, a Câmara vai apoiar pessoas carenciadas com obras em casa, entre elas idosos, que são quase um terço de população deste concelho.
Antónia já viu dias mais alegres. À conversa, vai contrariando o frio que teima em atravessar as fendas. É assim desde que uma tempestade levou parte do telhado. Concorre agora ao apoio, pela segunda vez, para reforçar a cobertura e arranjar as paredes.
“Não podiam fazer a obra com o tempo como estava e tiveram de esperar mais pela primavera. Eu estou sempre a pensar como é que consigo ter aqui a minha casa capaz de alguém entrar e não ter vergonha", disse, à SIC, Antónia Camacho.
Os problemas de saúde impediram-na de se dirigir ao ponto de atendimento, mas a ajuda veio até si. A parca reforma e o ordenado incerto do filho não deixam margem para grandes obras e, por isso, resta-lhe esperar por aprovação.
A iniciativa do município contempla reparações como pavimento, tubagem, janelas e portas. Já chegou a mais de duas dezenas de famílias.
“Verificamos uma melhoria também significa não só a nível habitacional, como também a nível da qualidade de vida das pessoas”, explicou Filomena Martins, do gabinete da Intervenção Social.
O apoio pode ir até 3.500 euros e destina-se a agregados em situação de carência económica comprovada com residência em Santiago.
Contudo, o regulamento poderá ser alargado tendo em conta o aumento de pedidos de ajuda ao Município, que já rondam os 160, muitos deles provenientes de idosos.