Para aliviar o peso da prestação da casa no orçamento mensal, muitas familias têm renegociado o crédito junto da banca. Ainda assim, o juro a pagar é superior ao dos novos contratos de empréstimos à habitação.
A taxa média de juro diminuiu pelo terceiro mês consecutivo e em janeiro estava nos 3,81%. Já a taxa média de juro dos contratos renegociados fixou-se nos 4,39%.
A explicação pode estar no facto de os juros dos novos contratos refletirem a descida da Euribor, numa altura em que o Banco Central Europeu (BCE) dá sinais de poder cortar as taxas no verão.
Também os novos empréstimos incluem mudanças de instituição financeira, que pode permitir taxas inferiores.
As renegociações de crédito possibilitam o alargamento do prazo do financiamento ou de uma redução do spread, que muitas familias estão a aproveitar para se refletir na taxa.
De acordo com os números avançados pelo Jornal Económico, comparando com dezembro de 2023, em janeiro deste ano, o valor dos novos contratos de empréstimos a particulares diminuiu 140 milhões de euros, fixou-se 1.787 milhões de euros.
No sentido inverso, as renegociações de crédito aumentaram 95 milhões de euros, somam 768 milhões de euros e devem-se quase totalmente aos créditos à habitação.
No ano passado, as famílias portuguesas renegociaram mais de 8,8 mil milhões de euros de crédito à habitação, mais cinco vezes do que em 2022, em que se registaram 1,6 mil milhões de euros.