Economia

Governo entrega Programa de Estabilidade esta segunda-feira no Parlamento

Com a versão simplificada do documento e o cenário de políticas invariantes (ou seja, que toma em conta as medidas já legisladas e previstas) fica de fora o impacto orçamental das medidas de política previstas pelo Executivo.

Governo entrega Programa de Estabilidade esta segunda-feira no Parlamento
JOSÉ SENA GOULÃO

O Governo vai entregar esta segunda-feira no Parlamento o Programa de Estabilidade 2024/2028, um documento baseado em políticas invariantes, que ainda não integra o impacto das medidas previstas no programa do novo Executivo.

O Programa de Estabilidade foi aprovado na quarta-feira em Conselho de Ministros e será discutido no dia 24 na Assembleia da República.

Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, que após diálogo com as instituições da União Europeia, o cenário e o conteúdo do Programa de Estabilidade baseiam-se "em políticas invariantes, não refletindo por isso as opções e medidas discricionárias" previstas no Programa de Governo, entregue no dia 10 no parlamento.

Com a versão simplificada do documento e o cenário de políticas invariantes (ou seja, que toma em conta as medidas já legisladas e previstas) fica de fora o impacto orçamental das medidas de política previstas pelo Executivo.

Prazo de 10 dias para apreciação

A Lei de Enquadramento Orçamental (LEO) prevê que "o Governo apresenta à Assembleia da República a atualização do Programa de Estabilidade, para os quatro anos seguintes, até ao dia 15 de abril", que depois tem o prazo de 10 dias para a sua apreciação.

O ex-ministro das Finanças, Fernando Medina, disse em março que o seu Executivo estava a trabalhar no Programa de Estabilidade para o deixar preparado para o próximo Governo.

"Deixaremos todo o trabalho preparado para que esse trabalho seja entregue ao próximo Governo, para que o próximo Governo possa integrar as políticas que entenda no próximo Programa de Estabilidade, para entregar a Bruxelas", afirmou em declarações aos jornalistas, em Bruxelas.