Economia

Taxas de juro do crédito à habitação baixaram pelo terceiro mês consecutivo

As taxas de juros baixaram pelo terceiro mês consecutivo mas a prestação da casa continua a pesar no orçamento das famílias. O setor imobiliário considera que só a construção de casas a preços acessíveis pode aliviar a crise na habitação.

Habitação
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As famílias com crédito à habitação fizeram novas contas. Depois de mais uma descida em abril, a terceira consecutiva, as taxas de juro implícitas ficaram nos 4,6%.

Ainda assim, a prestação média é de 404 euros, um euro acima de março, e mais 63 euros em relação a abril de 2023. Também a parcela correspondente aos juros aumentou de 48% para 61%.

Quem ainda não comprou, mas quer adquirir casa, tem de sujeitar-se à avaliação bancária que sobe desde janeiro e que, diz o sector do imobiliário, só pode ser travada com mais construção.

“Estamos a falar de um mercado para o português de classe média, classe média baixa, inclusivo jovens, que entram nessa classe onde não há casas”, explica Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal

Face à atual crise na habitação, defendem ainda a descida do IVA e a intervenção do Estado.

“A câmara oferece o terreno e vê-se qual é o preço do terreno para essa construção 30, 35, 40% e esse valor tem de descer o valor do preço de venda. O construtor não perde margem, mas saem imóveis mais baratos para a população. Porque aquilo que precisamos (…) são imóveis para a classe média, média baixa e jovens”, acrescenta Beatriz Rubio

Muitas famílias continuam a não conseguir comprar ou viver no limite do incumprimento do crédito, numa altura em que o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 186 euros, chegando aos 65.577 euros.