Economia

Prestação da casa vai baixar em junho, alívio pode chegar aos 25 euros

Uma descida que se deve ao facto de as taxas Euribor, depois de um ciclo de subidas, terem descido. E podem cair ainda mais, já que na próxima semana o Banco Central Europeu dever anunciar o primeiro cortes nos juros em mais de dois anos.

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Para quem, ao longo destes dois anos, viu a prestação da casa praticamente duplicar, o que aí vem poderá não ser muito, mas será sempre melhor do que nada.

Será um dos primeiros alívios na carteira para quem tem um contrato revisto no próximo mês e com a Euribor a 6 meses.

No caso de um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com spread de 1%, a prestação baixa 25 euros. Com este mesmo perfil, traçado e calculado pelo jornal Eco, com a Euribor a 12 meses, a redução não chega a 20 euros. E quando espreitamos a taxa a 3 meses o corte aqui será de 9 euros.

E tudo isto ainda sem se saber ao certo o que aí vem, ou seja, o que irá o Banco Central Europeu (BCE) decidir na próxima quinta-feira, 6 de maio.

O que é certo é que qualquer decisão tem sempre impacto nas taxas Euribor e, por isso, nas prestações das casas. Para se ter uma ideia, bastou ao BCE ter interrompido o ciclo de subidas para que isso tivesse um impacto nos mercados e só esta sexta-feira as Euribor caíram para novos mínimos a 3 e a 6 meses

Quando se olha para esta curva das Euribor a 6 meses, e depois de um longa travessia em terreno negativo num período de dois anos, dispararam para os 4%. Começaram a cair e estão neste momento abaixo desse valor.

O mesmo acontece quando se olha para esta curva da Euribor a 12 meses e ainda no caso da taxa a 3 meses andou próxima dos 4% e tem vindo sempre a descer. Ou seja, o ritmo destas curvas muda ao sabor dos ventos soprados a partir do Banco Central Europeu e começam já a surgir sinais de que irá mesmo acontecer um descida dos juros.

Philip Lane, economista chefe do BCE, ainda esta semana uma entrevista ao financial times disse que "se não houver grandes surpresas, nesta altura há elementos suficientes para eliminar o nível máximo de restrição", ou seja, que isto dizer que será aplicado um corte. Resta agora saber a dimensão desse mesmo corte e o impacto que terá nas Euribor. Os analistas acreditam que podem chegar ao 3% no final do ano.