Economia

Taxa de poupança das famílias sobe para 8,0% no 1.º trimestre

O aumento da taxa de poupança das famílias foi "consequência do aumento de 2,6% do RDB [rendimento disponível bruto] (1,4% no trimestre anterior)".

Taxa de poupança das famílias sobe para 8,0% no 1.º trimestre
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A taxa de poupança das famílias aumentou 1,4 pontos percentuais no primeiro trimestre face ao anterior, para 8,0% do rendimento disponível, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo as "Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional" do INE, "este desempenho foi consequência do aumento de 2,6% do RDB [rendimento disponível bruto] (1,4% no trimestre anterior), superior ao crescimento de 1,1% do consumo privado".

O INE nota que as variáveis apresentadas estão em termos nominais, o que, no caso do consumo privado, "significa que a sua evolução é marcada pelo crescimento dos preços".

Em termos reais, o consumo privado aumentou 0,3% no ano acabado no primeiro trimestre de 2024.

O rendimento disponível bruto nominal 'per capita' das famílias atingiu 17,7 mil euros no primeiro trimestre de 2024, o que representou um aumento de 2,5% relativamente ao trimestre anterior.

As remunerações 'per capita' atingiram 12,5 mil euros, mais 2,1% do que no trimestre anterior.

No primeiro trimestre de 2024, a capacidade de financiamento das famílias situou-se em 2,2% do PIB, o que representa um aumento de 1,0 ponto percentual face ao trimestre anterior, em resultado de um aumento de 24,6% da poupança das famílias.

Em termos reais, o RDB ajustado 'per capita' das famílias cresceu 1,5% no primeiro trimestre de 2024 (0,5% no trimestre anterior).

Decompondo a taxa de variação (2,6%) do rendimento disponível bruto das famílias no ano acabado no primeiro trimestre, verifica-se que as remunerações e o excedente bruto de exploração contribuíram em 1,6 e 0,5 pontos percentuais, respetivamente, para essa taxa de variação, sendo ainda de destacar a contribuição de 0,2 pontos percentuais do saldo das prestações sociais (-0,7 pontos percentuais no trimestre anterior).

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) das famílias, que corresponde essencialmente a habitação, manteve-se constante no primeiro trimestre de 2024 (taxa de variação de 0,2% no trimestre anterior) e a taxa de investimento das famílias (medida através do rácio entre a FBCF e o rendimento disponível) atingiu 5,6%, menos 0,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior.

O rendimento disponível bruto ajustado das famílias (que inclui o valor dos bens e serviços adquiridos ou produzidos pelas Administrações Públicas ou Instituições Sem Fim Lucrativo e que se destinam ao consumo das famílias, como a comparticipações de medicamentos), 'per capita' em termos reais, aumentou 1,5% no primeiro trimestre, após um crescimento de 0,5% no trimestre anterior.

Por outro lado, o consumo final real 'per capita' aumentou 0,1% no primeiro trimestre de 2024 (0,4% no trimestre anterior).