O mandato no Banco de Portugal termina no verão de 2025 e a permanência de Mário Centeno no cargo depende de muitos fatores. Um deles da vontade do próprio.
"Obviamente eu não estou a desempenhar o cargo para no fim do mandato ser dispensado pela via do meu desempenho. Essa avaliação politica tem de ser feita e será feita por quem lhe compete. Eu estou a desempenhar o cargo para chegar a julho do ano que vem em condições de ter um segundo mandato", disse Mário Centeno em entrevista ao Expresso.
Fica assim registado que o ex-ministro das Finanças quer manter-se no Banco de Portugal. No entanto, essa tarefa não será fácil.
Um passado ligado ao Governo de António Costa
Com um novo Governo PSD-CDS, que chegaram a questionar a independência de Mário Centeno, as hipóteses de ser reconduzido parecem reduzidas.
Mesmo não sendo militante do Partido Socialista (PS), os tempos no Governo de António Costa colam Mário Centeno aos socialistas. E se a recondução não for o caminho por decisão política, há uma outra hipótese que surge sempre que se olha para Belém.
Quem já trabalhou com Mário Centeno, vê o atual governador do Banco de Portugal com capacidade para desempenhar qualquer função no futuro.
"Vejo o Mário, atual governador do Banco de Portugal, a fazer o que quiser", afirmou Pedro Siza Vieira, ex-ministro da Economia.
Fica também registado que ex-ministros socialistas não dizem que não a Mário Centeno em Belém. Falta saber se o ex-ministro das Finanças quer esse caminho. caso a porta do Banco de Portugal se feche em 2025.