Os portugueses estão a trocar o Algarve pelo estrangeiro porque fica mais barato fazer férias lá fora. Ainda assim, a ocupação do maior destino de praia português continua muito elevada
Depois de 2023 ter ficado conhecido como o melhor ano de sempre para o turismo do país, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo
registou uma corrida às viagens no inicio do ano com uma procura acima do ano passado.
616 mil turistas nacionais foram responsáveis por quase 2 milhões e meio de dormidas na hotelaria tradicional. Foi uma quebra acima dos 10% face a 2022. Este ano, pode ser ainda maior.
O Algarve está com uma ocupação de mais de 90%, mas a maioria dos visitantes do sul do país são agora estrangeiros. Os preços têm vindo a subir no pós-pandemia e já fica mais caro para um português descer até às praias algarvias do que apanhar um avião para fora do país.
O preço médio por noite subiu cerca de 10% face a 2023 e agora paga-se mais pela taxa turística. Por isso, britânicos, franceses, irlandeses e alemães
estão a dominar as reservas e nota-se um grande aumento de visitas vindas da América do Norte.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), entre janeiro e março, as viagens dos portugueses dentro do seu próprio país caíram 10%.
Por outro lado, as viagens com destino ao estrangeiro cresceram quase no mesmo valor: 9,2%.
O presidente da APAVT diz que os destinos mais escolhidos pelos portugueses são as Caraíbas, Cabo Verde, Tunísia, Itália e as ilhas espanholas. E explica que as promoções e as diversas ofertas atrativas de charters contribuem para esta tendência de aumentar as viagens para fora e diminuir as dentro do país.
No ano passado, o turismo gerou quase trinta e quatro mil milhões de euros para o país. Portugal, foi o segundo país da Europa em que o turismo registou um maior impacto na economia, apenas superado apenas pela Islândia.