Economia

Suplemento extraordinário de pensões deverá custar mais de 400 milhões de euros

Paulo Rangel diz que a medida anunciada por Luís Montenegro na Festa do Pontal vai abranger dois milhões e quatrocentas mil pessoas.

Loading...

O suplemento extraordinário nas pensões anunciado por Luís Montenegro deverá custar mais de 400 milhões de euros aos cofres do Estado.

Em declarações aos jornalistas esta sexta-feira, o número dois do Governo, que é o primeiro-ministro em exercício durante as férias de Luís Montenegro, ressalva que a estimativa do Governo “precisa, obviamente, de um afinamento”, mas estima que a medida tenha um custo “à volta dos 400 milhões de euros, talvez um pouco mais”.

Dois milhões e quatrocentas mil pensionistas deverão receber este suplemento extraordinário em outubro, acrescenta o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

“Esta é uma medida fundamental de apoio”, defende Paulo Rangel em declarações aos jornalistas.

“Não compreendo como há tanta gente, nomeadamente os partidos da oposição, que está incomodada com uma medida que é uma medida social que revela responsabilidade orçamental”, condena.

O primeiro-ministro anunciou na quarta-feira que o Governo vai aprovar um suplemento extraordinário para as pensões mais baixas, que irá variar entre os 100 e 200 euros, pago em outubro.

Numa intervenção na Festa do Pontal, que marca a rentrée política do PSD, Luís Montenegro anunciou um "suplemento extraordinário" pago em outubro e que será de 200 euros, para quem tenha pensão até 509,26 euros, de 150 euros para as pensões entre 509,26 e 1018,52 euros e 100 euros para as pensões entre 1018,52 e 1527,78.

O chefe do Governo garantiu que a sua "vontade" seria que o aumento das pensões ocorresse de "forma permanente" nos próximos anos, mas admitiu isso não é possível neste momento.

A medida já motivou críticas da Associação Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE) e da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (Murpi), que falam numa “gorjeta” para os pensionistas.