A lei diz que o Ministério das Finanças tem até 31 de Julho para apresentar a liquidação do IRS e fazer os respetivos reembolsos. O problema é que há aparentemente milhares de cidadãos que entregaram o IRS em abril, maio ou junho, que continuam com as declarações apenas como "certas", ou em outros estados, e que continuam sem receber o dinheiro na conta.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, não desmente que possa haver alguns problemas, mas recusa que haja um problema geral no IRS deste ano.
“Sobre o reembolso de IRS nós temos reporte que o sistema e a campanha estará a funcionar globalmente de uma forma não desadequada que tenha suscitado preocupações globais, isto não exclui a existência potencial, como sucede todos os anos, de casos em que possa existir algum problema pontual, seja do preenchimento, seja do tratamento, isso pode acontecer” diz António Leitão Amaro, ministro da Presidência do Conselho de Ministros.
Sobre o assunto, acrescentou ainda que: “eu não lhe posso dizer, não, não existe nenhum problema, não, não existe mais do que x, isso nunca acontece. Existem sempre dificuldades em alguns. Nós não temos reporte que exista uma situação global que no seu conjunto seja motivo de preocupação”.
No início do verão, o Ministério das Finanças admitiu que algumas declarações estavam com atraso e que na sua maioria tratavam-se de contribuintes que receberam apoios do Programa mais habitação ou relacionados com rendas ou investimentos.
Não é conhecido o número total de declarações em atraso, mas nas redes sociais é possível encontrar muitas pessoas que se queixam de que ainda não receberam o dinheiro e, em alguns casos, ainda nem sabem se vão pagar ou receber e quanto.