Economia

Custo do cabaz alimentar desce, mas há produtos cujo preço duplicou desde a guerra na Ucrânia

Na rua, ninguém parece sentir a baixa de 1,28 euros desta última semana, mas sente bem o aumento dos preços nos últimos dois anos.

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O cabaz alimentar está ligeiramente mais barato do que na última semana. A diferença é de 1,28 euros. Mas, se comparado com o cabaz em 2022, ano do início da guerra na Ucrânia, há produtos que duplicaram de preço.

A viagem ao supermercado em fevereiro de 2022 era muito diferente da que se faz hoje. A pescada fresca estava a pouco mais de 6 euros. Passou para 12 euros – um aumento de mais de 100%.

O azeite virgem extra rondava os 4,5 euros e está agora quase nos 10 euros.

O açúcar branco aumentou 60% e está, neste momento, a 1,76 euros.

A batata vermelha teve um aumento de 56% e as salsichas Frankfurt de 54%.

Mas esta é uma janela com uma vista mais alargada. A Deco, associação de defesa do consumidor, afirma, num estudo agora publicado, que se compararmos os preços desta semana com os da última de setembro, no geral, o cabaz alimentar baixou 1,28 euros.

Ainda assim, há produtos cujo preço subiu, como o iogurte líquido, a couve-flor e a curgete.

Na rua, ninguém parece sentir a baixa de preços desta última semana, mas sente bem o aumento dos preços desde a guerra na Ucrânia.

“Antes, fazia [compras de supermercado] de 40 ou 50 euros. Agora vai quase para os 80”, comenta uma consumidora. “O que posso dizer é que a vida está difícil. Muito mesmo”, aponta outro consumidor.

A análise semanal feita pela Deco aos cabazes inclui 63 produtos alimentares considerados essenciais.