De janeiro a setembro deste ano o valor da produção dos seguros Planos Poupança Reforma (PPR) aumentou 60%, chegando aos 1.148 milhões de euros.
O regresso à estabilidade da taxa de inflação e das taxas de juro do banco Central Europeu fizeram com que algumas família portuguesas voltassem a conseguir deixar algum dinheiro de parte, aplicando-o em PPR.
São mais 433 milhões do que no mesmo período do ano passado, ou seja, mais 4,2 milhões de euros por dia em novas aplicações.
Os dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e fundos de Pensões, cedidos ao Diário de Notícias, mostram uma mudança de trajeto na aplicação de dinheiro em PPR.
Em 2023, graças ao regime excecional de resgate sem penalizações, muitos portugueses se viram obrigados a ir buscar dinheiro que tinham investido em PPR para fazer face ao aumento dos custos com o crédito à habitação
Este ano foram resgatados 650 milhões de euros de janeiro a setembro e uma queda de 26% comparando com o ano passado.
Ainda assim, o valor continua acima do registado em 2022
A Comissão Europeia antecipa que as pensões de reforma em Portugal tenham um corte de 60% face ao último salário em 2050, o que faz aumentar a urgência de poupar para o final da idade ativa.