Economia

Pobreza entre idosos no nível mais grave dos últimos 15 anos

Entre os reformados, e segundo dados do INE, o risco de pobreza é de 19,6%, mais quatro pontos percentuais do que em 2022. A Associação de Pensionistas defende que é preciso continuar a aumentar as pensões e lembra que o universo de reformados é bastante heterogéneo.

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A taxa de risco de pobreza nos idosos nunca foi tão alta como nos últimos 15 anos, de acordo com novos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam ainda que a situação é particularmente grave nas pessoas com mais de 65 anos.

É nas famílias com três ou mais crianças e nos lares constituídos por apenas uma pessoa com 65 anos ou mais que o risco de pobreza é mais acentuado: 21,1% em 2023, a mais alta taxa dos últimos 15 anos.

O Inquérito às condições de vida e rendimento do Instituto Nacional de Estatística mostra que a taxa diminuiu de 17% para menos 0,4 pontos percentuais, mas não chega para compensar o forte agravamento em 2022.

Nesse ano também mudou o limiar de pobreza de 591 euros para 632 euros, alargando o universo de pobres.

A situação é mais grave na península de Setúbal, seguida da região Norte, num país a diferentes ritmos.

A Associação de Pensionistas defende que é preciso continuar a aumentar as pensões e lembra que o universo de reformados é bastante heterogéneo.

Entre os reformados, e segundo dados do INE, o risco de pobreza é de 19,6%, mais quatro pontos percentuais do que em 2022.

Ao contrário da população empregada ou em idade ativa, mas desempregada, em 2023 o risco de pobreza baixou.