Economia

Novo Banco vai entregar ao Estado 325 milhões de euros em dividendos no próximo ano

O ministro das Finanças diz que o efeito nas contas públicas é pontual. Joaquim Miranda Sarmento explica que se deve olhar para este valor "como uma receita pontual que vai acontecer em 25 e que não vai acontecer, pelo menos não nesta dimensão, nos próximos anos”.

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Sete anos e mais de oito mil milhões de euros depois, o Novo Banco vai finalmente ficar entregue a si próprio sem mais ajudas nem garantias do Estado.

“A lone star não usará mais a garantia, isso significa que o Estado português deixou de ser responsável por quase 500 milhões de euros que sobraram da garantia. Não melhora as nossas contas, mas tira o risco de piorar”, explica Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças. 

Mas há um outro efeito do acordo com a lone star que melhora as contas públicas já que o Estado é acionista do banco. Tem um quarto do capital.

“É um efeito positivo nas contas públicas que é a distribuição de dividendos que via direto, direção geral do tesouro do tesouro e finanças, via indireta pelo fundo de resolução que também está dentro do perímetro das contas públicas poderá ascender a 300/325 milhões de euros”, diz Joaquim Miranda Sarmento

O valor vai engordar o excedente previsto para 2025, mas o ministro avisa que o impacto é pontual. 

“Não se esqueça que nós temos também cerca de quase 400 milhões de euros de medidas que foram tomadas pelo Parlamento depois da entrega do Orçamento. O mais importante é que se olhe para estes 300 a 325 milhões de euros como uma receita pontual que vai acontecer em 25 e que não vai acontecer, pelo menos não nesta dimensão, nos próximos anos”, avisa o ministro das Finanças

O banco está agora pronto para ser vendido, mas o negócio só deverá acontecer a partir  do segundo trimestre de 2025.