Prestes a fechar o ano, é altura de fazer um balanço. Os dados ainda não dizem respeito à totalidade dos 12 meses do ano, mas pelas contas da Associação Automóvel de Portugal o mercado está em crescimento.
De Janeiro a Novembro, foram colocados em circulação mais 225 mil novos veículos. Um aumento de 4,6% relativamente ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, abaixo dos valores pré-pandemia.
"Significa que há um potencial de crescimento do mercado automóvel em Portugal. Apesar desta subida relativa, achamos que há uma possibilidade do mercado crescer mais.", explica Hélder Pedro, secretário-geral da associação automóvel de Portugal.
Mas a novidade é que os portugueses estão a preferir, cada vez mais, veículos movidos a outros tipos de energia. Nos onze meses de 2024, 56,8% das novas matrículas diziam respeito a veículos movidos a energias alternativas, como elétricos, híbridos, plug-ins e outros. 34,5% ainda correspondem a carros movidos a gasolina. E há, cada vez, menos carros a gasóleo em circulação. Apenas 8,7%.
"É muito relevante e, sobretudo, em Portugal esse número é mais relevante que em países como Espanha, França ou Itália. Significa que o diesel e a gasolina estão a perder quota de mercado em Portugal, como acontece noutros países", explica o secretário-geral da associação automóvel de Portugal.
Um passo à frente para Portugal que está, até, acima de grandes mercados como o alemão ou francês, que estão estagnados e em crise.
"A UE tem regulamentos muito próprios para a descarbonização. Já em 2025 temos a primeira meta, depois 2030 e 2035. Para isso, a indústria e as marcas automóveis prepararam-se para responder a essa mudança de paradigma. Isso significa que colocam, cada dia, no mercado mais modelos elétricos, eletrificados, para responder a esses objetivos", explica Hélder Pedro
O aumento das vendas de carros elétricos coloca Portugal na vanguarda da transição energética no setor automóvel. Este marco demonstra o compromisso do país com a sustentabilidade e a descarbonização do setor dos transportes. De resto, um compromisso comum dos 27 da União Europeia.