Economia

Quantos salários são precisos para comprar casa em Portugal?

É nas cidades de Faro, Lisboa e Funchal onde o preço de um T2 corresponde a mais anos de rendimentos familiares. No lado oposto da lista está a Guarda, a cidade e o distrito onde os preços são mais baixos e, por conseguinte, são necessários menos salários para a compra de uma casa com dois quartos.

Quantos salários são precisos para comprar casa em Portugal?
sakchai vongsasiripat

Comprar uma casa de dois quartos em Portugal exige que uma família poupe, em média, durante mais de 15 anos o total dos seus rendimentos. A conclusão é de um estudo recentemente divulgado pelo portal imobiliário Idealista.

Os dados revelam que o preço mediano de um T2 em Portugal é de 270.789 euros, o que representa 15,7 vezes os 17.297 euros de rendimento líquido anual das famílias.

Numa análise por distritos e ilhas, é o de Faro, no Algarve, aquele onde é exigido mais tempo de rendimentos familiares para comprar uma casa - 26,1 anos. Segue-se a Madeira (23,7 anos), Lisboa (17,6 anos) e Porto (17,4 anos).

Por outro lado, o distrito onde é necessário menos tempo de rendimentos para adquirir um T2 é o da Guarda, sendo precisos apenas 3,7 anos. Seguem-se Portalegre (4,4 anos), Bragança (5,2 anos) e Castelo Branco (5,3 anos).

Ainda de acordo com o estudo, é na Madeira onde se encontram os preços mais elevados para a compra de uma casa com dois quartos, com uma mediana de 404.785 euros. Seguem-se Faro, onde o preço atinge os 395.725 euros, Lisboa, com 348.259 euros e o Porto, com 295.632

Mas também neste ponto, a Guarda é o distrito com os preços mais baixos para T2, com uma mediana de 56.700 euros. À cidade mais alta do país, seguem-se Portalegre (68.724 euros), Bragança (79.821 euros), Castelo Branco (83.982 euros) e Beja (97.445 euros).

O preço das casas está outra vez a subir, um fenómeno que deverá continuar. A explicação pode estar associada a diversos fatores, desde logo, o aumento da procura, mas também a descida dos juros no crédito à habitação.

Em fevereiro, de acordo com a Confidencial Imobiliário, foi registada a maior subida homóloga nos preços desde setembro de 2023 (13,6%).