Economia

Empresas cotadas do PSI vão distribuir 2,9 mil milhões de euros pelos acionistas

Este ano, as empresas do principal índice da bolsa de Lisboa vão distribuir quase 3 mil milhões de euros pelos acionistas. 500 milhões vão para a China e para Angola.

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Para as maiores empresas portuguesas, se a pandemia foi sinónimo de quebra, os anos seguintes têm sido de recuperação, o que se traduz em lucros. No ano passado, o lucro das empresas que compõem o índice principal da bolsa de Lisboa foi de 4,2 mil milhões de euros. Apesar de ter descido quase 30%, este ano, os acionistas vão receber mais do que alguma vez receberam: quase 3 mil milhões de euros.

A Ibersol ainda não apresentou resultados, e a Altri ainda não indicou se vai pagar dividendos. Analisando as outras 13, só a Jerónimo Martins vai descer o dividendo. A Semapa e os CTT vão manter a remuneração acionista. As outras 10 vão subir, através do pagamento em dinheiro ou de planos de recompra de ações.

A China é o país estrangeiro que mais tem ganhado com os bons resultados das cotadas nacionais. Este ano, com as participações na EDP, no BCP, na REN e na Mota-Engil, vai arrecadar 316 milhões de euros. Para Angola, voam 219 milhões. A Sonangol é o segundo maior acionista do BCP. Também há participação angolana na Galp e na NOS.

A distribuição de lucros também vai beneficiar as famílias portuguesas que estão na bolsa nacional. Vão receber mais de 500 milhões de euros em dividendos.

A família Soares dos Santos, que controla a Jerónimo Martins, soma 208 milhões. A família Azevedo vai receber perto de 140 milhões, graças à Sonae e à NOS. A família Amorim arrecada mais de 120 milhões, graças à Corticeira e à Galp. A posição da Parpública na Galp vai render ao Estado 38 milhões e meio.