O ministro das Finanças rejeita que Portugal volte ao défice depois do Conselho de Finanças Públicas ter avisado que as contas públicas vão voltar ao vermelho nos próximos três anos devido às medidas que o Governo aprovou. Em causa está a valorização das carreiras do Estado e a redução de impostos.
É o segundo alerta depois do Banco de Portugal ter dito o mesmo. O Conselho de Finanças Públicas, o organismo que fiscaliza as contas do Estado, avisa que as contas públicas podem voltar ao vermelho já em 2026 e continuarem com défice até 2029. Mas o ministro das Finanças tem outras contas.
Joaquim Miranda Sarmento desvaloriza as projeções, mas faz uso do mesmo relatório do Conselho de Finanças Públicas, sublinhando as boas notícias.
Também discordam quanto ao risco de Portugal entrar em incumprimento com Bruxelas.
O crescimento da despesa liquida até 2028 deverá, segundo as previsões, escapar à meta de 3,6%, número com o qual o Governo se comprometeu com a Comissão Europeia no plano orçamental de médio prazo.
Em plena pré-campanha eleitoral, Nazaré Costa Cabral, presidente do Conselho de Finanças Públicas,avisa que não há margem financeira para mais medidas que impliquem gastar mais.