Paulo Portas e Mário Centeno acreditam que a crise das tarifas norte-americanas pode durar pouco tempo. Ambos discursaram num fórum sobre inovação empresarial, esta segunda-feira, onde se pediu aos decisores europeus para não retaliarem.
Paulo Portas foi um dos cabeças de cartaz, em Leiria, num encontro sobre o tecido empresarial português e sobre inovação, numa altura em que muitas empresas portuguesas pensam na melhor forma de reagir às tarifas impostas por Trump.
A avaliar pelos discursos ouvidos esta segunda-feira, os empresários não podem sair pessimistas.
O governador do Banco de Portugal também foi convidado e também acredita que o tempo, curto, pode curar tudo.
Centeno diz que já houve crises de maior dimensão
Os Estados Unidos são o terceiro maior destino das exportações portuguesas. Surgem nos dados apresentados pelo governador na quarta posição, atrás de Espanha, França e Alemanha. Centeno acredita que já houve crises piores.
Vários países têm pagado na mesma moeda a Trump, mas Portas pede à Europa que siga um caminho oposto.
Para Portas o caminho deve ser o de maior liberalização da economia europeia e, sobretudo, mais Europa.
O centrista, que está a ponderar uma candidatura presidencial, acredita que este é o momento ideal para reformar a União. Ainda não foi aqui que disse se ele próprio quer participar na primeira linha desse esforço.