O valor investido em certificados de aforro voltou a bater recordes. Segundo o Banco de Portugal, em agosto os portugueses tinham aplicados mais de 38 mil milhões de euros neste produto de poupança do Estado. É o valor mais alto desde que há registos, ou seja, desde 1998.
Este é o valor mais alto investido em certificados de aforro (CA) desde o início da série do Banco de Portugal, em dezembro de 1998 e representa uma aceleração face ao crescimento homólogo de 12,6% em julho.
Em termos nominais, havia no final de agosto deste ano mais 4.624 milhões de euros aplicados em CA que no mesmo mês de 2024 e mais 325 milhões de euros que em julho. Agosto foi, assim, o 11.º mês consecutivo de subida do valor global em certificados de aforro.
Mesmo rendendo pouco, estes instrumentos continuam a atrair as poupanças dos portugueses. Em apenas um ano, os pequenos aforradores aplicaram mais de 4,6 mil milhões de euros em Certificados de Aforro.
Certificados de aforro voltam a atrair poupanças
Os certificados de aforro sofreram uma queda na procura que se registou em junho de 2023, quando a série E – com taxas mais atrativas – foi substituída pela série F, com juros mais baixos. Agora voltam a ganhar fôlego, ainda que pouco animador.
Atualmente, no máximo, podem render 2,5% ao ano, conforme a Euribor a 3 meses. Os números de agosto revelam que continuam a ser vistos como a melhor alternativa segura face às descidas dos juros noutros produtos, como os depósitos a prazo. Os bancos estão a pagar em média cerca de 1,5%.
O valor investido em certificados do tesouro, agora no valor mais baixo desde março de 2016, tem descido de forma consecutiva desde outubro de 2021, quando atingiu um máximo de 17.865 milhões de euros.
Segundo os dados estatísticos da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, as emissões de novos CT foram de 10 milhões de euros em julho, enquanto as saídas (resgates) totalizaram 170 milhões de euros.
De acordo com o IGCP, pode subscrever Certificados de Aforro nos balcões dos Correios, nos Espaços Cidadão e no Banco BIG, que é o único banco privado português onde estão em comercialização.