Economia

Agência Internacional de Energia pronta para libertar mais petróleo no mercado

“Se houver necessidade podemos trazer mais petróleo para o mercado”, garantiu o líder da AIE

Agência Internacional de Energia pronta para libertar mais petróleo no mercado

A Agência Internacional de Energia pode intervir no mercado com a injeção de mais algumas das suas reservas, afirmou o seu diretor executivo, Fatih Birol, esta quarta-feira.

“A AIE decidiu, na semana passada, libertar as suas reservas. Nós temos muitas reservas (…) Isto foi uma resposta inicial (…) se houver necessidade podemos trazer mais petróleo para o mercado”, afirmou Birol, numa conferência sobre energia em Paris, de acordo com a Reuters.

Na próxima semana, tal como fizemos com o gás, estamos a traçar um plano com dez ações para reduzir o [preço do] petróleo num ápice (…) especialmente no setor dos transportes”, afirmou o mesmo. A AIE representa um conjunto de 31 países a nível mundial, que incluem os três “gigantes” da América do Norte – Estados Unidos, Canadá e México -, grande parte dos países da União Europeia – entre os quais Portugal – mas também Japão, Coreia do Sul e Nova Zelândia.

Os preços do petróleo a nível internacional estão cada vez mais pressionados. Depois de atingirem máximos de 2008 na segunda-feira, na terça o presidente norte-americano, Joe Biden, decretou que os Estados Unidos não importariam mais petróleo russo, numa retaliação à invasão da Ucrânia. Uma ação que teve o apoio da opinião pública e dos legisladores, apesar de prejudicar os preços da energia no país. 

A Rússia assinala que os preços do petróleo podem escalar para os 300 dólares por barril se o ocidente continuar a rejeitar as importações de energia russa. Ao mesmo tempo, ameaça que pode cortar o abastecimento de gás.

Por seu lado, os principais produtores de petróleo do mundo – os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), juntamente com os seus aliados (um grupo conhecido por OPEP+), reiteraram na quarta-feira passada que aumentariam a produção unicamente na medida do que já estava previsto, ou seja, 400.000 barris extra por dia durante o mês de abril, não fazendo cedências em função da situação de conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, que já nessa altura se estava a viver.