Com os aumentos previstos para a próxima semana, muitos portugueses estão a deslocar-se já esta sexta-feira aos postos de combustíveis para abastecer, gerando longas filas, como relatou em direto o repórter da SIC João Maldonado.
Na início da próxima semana, ao que a SIC apurou, o preço do litro de gasóleo deverá subir 14,5 cêntimos, o maior aumento de sempre numa semana, e o aumento no preço do litro de gasolina deverá rondar os oito cêntimos.
A SIC deslocou-se a um posto de combustível em Oeiras e conversou com alguns automobilistas que assumem estar a querer poupar algum dinheiro. Ainda assim dizem estar preocupados com estes aumentos sucessivos: “Qualquer dia ninguém tem dinheiro para os combustíveis”.
Este será o 10.º aumento do preço dos combustíveis do ano e o que terá um impacto mais significativo nas carteiras dos portugueses. Uma tendência acentuada pela guerra na Ucrânia e pelo consequente aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais.
Na quinta-feira, o preço do barril de petróleo Brent subiu para 116,8 dólares, um novo máximo desde agosto de 2013.
Governo admite medidas para atenuar aumentos
O secretário de Estado da Energia anunciou, esta sexta-feira, que haverá medidas para mitigar a subida dos combustíveis, mas avisou João Galamba: é impossível” anulá-los.
“Haverá medidas para mitigar o impacto da subida dos combustíveis, agora temos de ter uma coisa presente, que é, uma crise desta magnitude em todas as áreas dos combustíveis, obviamente não dá liberdade total ao Governo para anular o efeito negativo de uma crise”, justificou João Galamba.
O governante sublinhou que se trata de “minimizações, mitigações e escolha de setores prioritários que devem ser protegidos”, considerando ser “impossível” anular os efeitos da crise energética motivada pela pandemia, pela seca e pela invasão russa da Ucrânia.
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