António Costa considera que o Fundo de Resolução tem o direito de agir contra o Novo Banco. Numa resposta às investigações da SIC e do Jornal Público sobre as dívidas de Luís Filipe Vieira ao Novo Banco, o primeiro-ministro entende que compete ao Fundo de Resolução avaliar se as ações do Novo Banco lesaram os seus interesses.
Se entender que sim, avisa Costa à agência Lusa, o Fundo deve agir judicialmente contra administradores, acionista e devedores do Novo Banco.
“Se o Fundo de Resolução foi lesado, não só tem razões como tem o dever de agir sobre o Novo Banco, sobre os administradores, os acionistas e os devedores do Novo Banco que terão beneficiado ilicitamente das negociações”, afirma o primeiro-ministro.
Sem apontar o dedo a ninguém em concreto, António Costa recorda que os eventuais lesados diretos são os bancos do sistema, que são os verdadeiros donos do Fundo de Resolução.
Apesar da dívida ser dos bancos, o reembolso total tem uma maturidade longa. Os contribuintes portugueses receberão de volta aquilo que o país está a gastar com o Novo Banco até 31 de dezembro de 2046, ou seja, daqui a 24 anos.