Economia

Energia: aprovação da “exceção ibérica” por Bruxelas está a revelar-se difícil

A Comissão Europeia pode obrigar Portugal e Espanha a subir o teto máximo para o preços da energia.

Energia: aprovação da “exceção ibérica” por Bruxelas está a revelar-se difícil

Na última cimeira europeia, Portugal e Espanha conseguiram um acordo de exceção para poderem baixar os preços da energia. Mas a aprovação da proposta ibérica, apresentada à Comissão Europeia, está a revelar-se difícil e pode obrigar os dois países a subir o preço máximo. Bruxelas não quer que a fixação de um teto mais baixo venha a desregular o mercado no resto da União Europeia.

A ideia da “exceção ibérica” era que se pudesse concretizar, entre maio e dezembro, um teto máximo de 30 euros por megawatt por hora para o preço do gás, a partir do qual outros preços não poderão ser ultrapassados.

Mas as reservas de Bruxelas tornam difícil aceitar as condições concretas da proposta assinada por António Costa e  Pedro Sanchez. O El País, que teve acesso à proposta, escreve que o preço de referência pode vir a ser revisto.

A Comissão Europeia quer 70 euros para evitar o que considera ser um risco para desregular o mercado único de energia, numa espécie de concorrência desleal para os restantes 25 países.

O jornal diário espanhol adiante que Pedro Sanchez admite restrições na venda de eletricidade a França. O primeiro-ministro espanhol argumenta que o impacto é mínimo porque a geografia da Península Ibérica faz com tenha a interconexão mais baixa da UE, além de Portugal e Espanha estarem bem mais desenvolvidos nas energias renováveis.

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