Economia

Função pública vê rejeitado pedido de aumento intercalar dos salários

Ministro das Finanças contrapõe medida com nova subida das pensões e algum alívio do IRS.

Função pública vê rejeitado pedido de aumento intercalar dos salários

O ministro das Finanças rejeita um aumento intercalar dos salários dos funcionários públicos. Houve uma subida de 0,9% em Janeiro, mas acabou por ser engolida pela inflação. Os sindicatos queriam um novo aumento, mas Fernando Medina diz que não há margem.

Depois de conhecido o novo valor da inflação, Fernando Medina rejeita aumentos intercalares para a função pública. O novo ministro das Finanças apresentou um orçamento do Estado praticamente igual ao que tinha sido chumbado e assim, muitas medidas transitam do antecessor.

O novo orçamento avança com o desdobramento dos 3.º e 6.º escalões do IRS e com o aumento extraordinário de dez euros para pensões até 1.108 euros, medida que irá abranger quase dois milhões de pensionistas.

“A atualização de escalões à taxa de inflação faz-se nos anos em que não há nenhuma alteração estrutural da tabela dos escalões e é por esse motivo que não se coloca o tema da atualização à taxa da inflação”, explicou António Mendonça Mendes, secretário de estado dos Assuntos Fiscais.

“Esta é seguramente uma das medidas que mais nos convocou para a aceleração na aprovação deste orçamento, porque é da maior importância e justiça que os pensionistas possam ver resposta, não só ao aumento dos custos, mas também à necessidade de reforçarem uma vida com um pouco mais de condições”, disse Fernando Medina.

Os aumentos de 0,9% previstos para a função pública também seguem o que tinha sido previsto em outubro.

Em entrevista à RTP, o ministro das Finanças acabou mesmo por revelar que não há margem para aumentos intercalares, mas que contrapunha com uma nova subida das pensões e algum alívio do IRS.

Os sindicatos não concordam com o ministro e já falaram em aumentos insuficientes.

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