José Gomes Ferreira considera que “não é normal” que as bombas de combustível não reflitam a descida do ISP, aprovada pelo Parlamento.
No Primeiro Jornal desta segunda-feira, lembra que antecipou o que podia vir a acontecer: “Com as alterações fiscais decididas pelo Governo, as operadoras podiam aproveitar-se e subir as suas margens”.
“Quem é que impede as distribuidoras de aumentar a sua margem? Ninguém, porque a venda é livre. Só há aqui uma solução: fixar administrativamente a margem bruta das distribuidoras”, afirma.
Questionado sobre a previsão para uma possível estabilização, José Gomes Ferreira faz dependê-la da conjuntura internacional, como a continuação da guerra.
Descida do ISP
Esta segunda-feira, entrou em vigor a descida do ISP aprovada pelo Parlamento, mas o preço dos combustíveis não baixou tanto como era esperado.
Um comunicado do Ministério das Finanças explicava que a redução do ISP se traduziria já a partir desta segunda-feira num desconto de 14,2 cêntimos por litro de gasóleo e de 15 cêntimos e meio por litro de gasolina.
Mas não foi bem isso o que aconteceu. Nalguns casos, a descida ficou aquém do esperado. Fixou-se, em média, nos 11 cêntimos por litro. Em muitas gasolineiras o preço não baixou sequer a fasquia dos dois euros por litro.
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