Muitos portugueses vão voltar a receber este mês, tal como aconteceu em agosto, um salário mais alto do que o habitual. É uma consequência das novas tabelas de IRS. Mas os fiscalistas deixam um alerta: não gaste já tudo.
É que em 2026, na altura de fazer o IRS, poderá ter de pagar ao invés de receber.
“O que o Governo tem feito é reter menos impostos e deixar às famílias a decisão do que fazer com os seus rendimentos. (...) Está a haver um aumento da poupança em Portugal e isso é saudável”, explica o economista João Duque.
O fiscalista Luís Leon deixa até um conselho: coloque de lado todo o valor extra que receber e pense até em aplicá-lo a curto prazo, com capital garantido. “Não gaste para além do que gastaria normalmente”, apela.
O Conselho das Finanças Públicas prevê que o consumo privado abrande em 2026, para 2,3%. O previsível aumento das notas de cobrança de IRS e a redução dos reembolsos é uma das justificações.