Os empresários já podem recorrer à linha especial de crédito de 400 milhões de euros anunciada pelo Governo. É uma ajuda para enfrentar os custos da energia que dispararam e manter a produção.
É uma das primeiras medidas para suportar, no imediato, as empresas face ao impacto da guerra e conter a escalada dos preços que já se faz sentir. “Estamos muito rapidamente a procurar desenhar apoios para as atividades que vão ser mais afetadas pelo previsível aumento de custos de energia, dos custos alimentares, que não sejam recuperados nos preços“, sustenta o ministro da Economia.
O Governo avança com dinheiro para que a indústria não pare. Depois de dois anos de lay-off por causa da pandemia, voltar a parar é o cenário que ninguém quer que volte a ser a solução para a economia nacional.
“O Governo está a fazer aquilo que tem de fazer que é, perante problemas novos, encontrar soluções novas. E a solução agora não é propriamente o lay-off, pode ser outra solução que vá diretamente às empresas e as ajude a reagir imediatamente à situação criada pela guerra“, acrescenta o Presidente Marcelo.
As empresas em que os custos de energia são maiores e as matérias-primas mais difíceis de garantir têm agora disponível no sistema bancário uma linha de apoio à produção de 400 milhões de euros. Empresas que num prazo de oito meses a um ano só pagam os juros do empréstimo que pode ir até aos oito anos.
Uma microempresa pode pedir até 50 mil euros, uma pequena 750 mil e uma média dois milhões e meio. Em que os custos de energia na produção representam mais de 20% que tenham tido um aumento de custo de mercadorias também superior a 20% ou com uma quebra de faturação de 15% por falta de encomendas ou dificuldade em obter matérias primas.
“Aquilo que nos parece é que temos que dirigir os apoios aos setores que estão mais necessitados e vamos continuar a acompanhar a situação à medida em que ela for evoluindo, logo veremos que outros apoios temos“, esclareceu Siza Vieira.
O Governo vai insistindo que não haverá falta de bens ou racionamento em Portugal, mas mesmo com ajudas à indústria, será inevitável assistir a uma subida de preços nos próximos tempos.
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