Economia

Novo crédito à habitação bate “máximo mensal desde dezembro de 2007”

Somou 1.691 milhões de euros no mês de março, segundo dados divulgados pelo BdP.

Novo crédito à habitação bate “máximo mensal desde dezembro de 2007”

O novo crédito à habitação somou 1.691 milhões de euros em março, um máximo mensal desde dezembro de 2007, tendo a taxa de juro média dos novos empréstimos subido para 1,03% – ultrapassando, pela primeira vez, 1% em 20 meses.

Segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), também o montante dos novos empréstimos às empresas disparou – 70% em março face a fevereiro, totalizando 2.276 milhões de euros, o que representa um aumento de 933 milhões.

Em março, os bancos concederam 2.451 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares, com o montante concedido a aumentar “em todas as finalidades” face ao mês anterior. Assim, o crédito para habitação subiu 416 milhões de euros face a fevereiro e 309 milhões em termos homólogos, para 1.691 milhões de euros, “um máximo mensal desde dezembro de 2007”.

Quanto ao crédito para consumo, aumentou para 501 milhões de euros, enquanto o crédito para outros fins cresceu para 259 milhões de euros (os valores registados em fevereiro foram, respetivamente, 453 e 212 milhões de euros).

No mês em análise, a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu para 1,03% (0,87% em fevereiro), salientando o BdP que “esta taxa não ultrapassava 1% desde julho de 2020”. No crédito ao consumo, a taxa de juro média aumentou para 7,81% (7,71% no mês de fevereiro).

De acordo com o banco central, “este aumento verificou-se quer nos empréstimos até um milhão de euros, em que o montante emprestado foi de 1.278 milhões de euros (897 milhões de euros no mês de fevereiro), quer nos empréstimos acima de um milhão de euros, em que o montante foi de 997 milhões de euros (446 milhões de euros em fevereiro)”.

A taxa de juro média dos novos empréstimos a empresas reduziu-se para 1,86% (2,02% em fevereiro), uma evolução que se verificou nas duas classes de montante. Quanto a depósitos, em março, o montante de novos depósitos de particulares foi de 4.092 milhões de euros, acima dos 3.596 milhões de euros de fevereiro e dos 3.866 milhões de euros de março de 2021 e “um máximo desde janeiro de 2020”.

A taxa de juro média manteve-se no mínimo histórico de 0,04% pelo quinto mês consecutivo.

“Do montante de novos depósitos constituídos, 85% foi aplicado em depósitos a prazo até um ano, também remunerados à taxa de juro média de 0,04%”, refere o BdP.

Já os novos depósitos de empresas totalizaram 870 milhões de euros, dos quais 811 milhões de euros foram aplicados em depósitos a prazo até um ano, remunerados a uma taxa de juro média de 0,07%. Na área do euro, a taxa de juro média dos novos depósitos de empresas permanece negativa desde agosto de 2019.

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