No terceiro trimestre de 2021, o preço mediano dos alojamentos familiares foi de 1.311 euros por metro quadrado (m2), mais 12,2% que no mesmo período de 2020, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A aceleração verificou-se na grande maioria das sub-regiões do país, com destaque para o Algarve e Área Metropolitana de Lisboa (AML).
O Algarve foi a sub-região com o preço mediano mais elevado (2.057 euros por m2), logo seguido pela AML (1.823 euros). Também na Madeira e na Área Metropolitana do Porto (AMP) o preço mediano foi mais elevado que a média nacional (1.397 e 1.364 euros, respetivamente).
Das 25 sub-regiões do país, o INE destaca o crescimento homólogo do Alentejo Central (17,1%), Cávado (13,1%) e Oeste (12,6%) que, tal como o Algarve (13,9%), registaram crescimentos superiores ao país. De notar que o Alto Alentejo “apresentou simultaneamente a menor taxa de variação homóloga e o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (0,4% e 452 euros por m2, respetivamente)”.
Vila Franca de Xira tem maior crescimento e Lisboa recupera
Na AML, oito dos onze municípios com mais de 100 mil habitantes tiveram uma aceleração maior que a média nacional. Vila Franca de Xira foi o concelho com o maior aumento homólogo dos preços (18,6%) entre todos os municípios com mais de 100 mil habitantes do país.
Se olharmos para os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, da AML e da AMP, todos eles, com exceção de Gondomar e Santa Maria da Feira, registaram preços medianos de habitação superiores ao nacional. O pódio é liderado por Lisboa (3.592 euros por m2), logo seguido por Cascais (3.100 euros) e depois Oeiras (2.618 euros).
Na AMP, o Porto lidera, sendo o quarto concelho, entre os que têm mais de 100 mil habitantes, com os preços mais elevados (2.319 euros por m2).
Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes fora das áreas metropolitanas, apenas Funchal e Coimbra apresentaram preços superiores à média nacional – 1.850 e 1.445 euros por m2, respetivamente.
Quanto ao caso específico de Lisboa, importa realçar a recuperação da cidade, uma vez que no primeiro trimestre de 2021 Lisboa tinha sido o único concelho com mais de 100 mil habitantes a apresentar uma variação homóloga negativa (-7,9%).
No terceiro trimestre, além de ter uma variação positiva, o preço mediano de alojamentos familiares em Lisboa foi 3.592 euros por m2, valor que supera o do primeiro trimestre de 2020 (3.536 euros) que era o mais elevado desde o início da série.