O aumento do número de passageiros e o crescimento das receitas não foram suficientes para travar os piores prejuízos alguma vez vistos: 1.600 milhões de euros. Um valor recorde que fica, ainda assim, abaixo das previsões do plano de restruturação da TAP.
Na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a transportadora aérea nacional explica que registou custos não recorrentes de 1.024,9 milhões – por exemplo, com o encerramento das operações de manutenção no Brasil – que tiveram impacto nos resultados.
“Deve também ser destacado o impacto líquido negativo das diferenças cambiais (EUR 175,5 milhões) relacionado com a depreciação do euro face ao dólar (com um forte impacto nas rendas futuras e, portanto, sem impacto em caixa neste ano), e também a depreciação do real face ao euro”, acrescenta.
Em 2021, a companhia aérea teve menos despesa com pessoal, depois da saída de quase 1.500 trabalhadores. O corte de 46 milhões nesta área, incluí as rescisões e os cortes salariais aplicados.
Desde que se tornaram evidentes as dificuldades da companhia, o Estado já fez várias injeções de capital nos cofres da transportadora aérea que somadas ultrapassam os dois mil milhões de euros.
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