A Tesla começou a aceitar, ainda que com condições, a criptomoeda Dogecoin para a compra de acessórios da fabricante de veículos elétricos, revelou na sexta-feira o empresário Elon Musk através da rede social Twitter.
“Podem comprar mercadoria da Tesla com Dogecoin”, referiu o presidente da Tesla naquela rede social.
O anúncio aumentou em 15% o valor da Dogecoin, uma moeda digital criada em 2013 sem fins comerciais, que posteriormente perdeu alguns dos seus ganhos e acabou por se estabilizar em cerca de 0,19 dólares por unidade, um aumento de 10%.
Em 14 de dezembro, Musk já tinha antecipado que a Tesla aceitaria Dogecoin como forma de pagamento para alguns produtos da empresa para “perceber como vai” a criptomoeda.
Os produtos da Tesla que podem ser adquiridos desde sexta-feira com a Dogecoin são os da sua loja virtual, desde vestuário a acessórios para as viaturas elétricas, como carregadores sem fios para telemóveis ou palas de sol, e os preços variam entre os 50 e os quase 2.000 dólares.
Compras não podem ser devolvidas ou canceladas
As compras feitas com esta moeda virtual não podem ser devolvidas ou canceladas, ao contrário das aquisições feitas com as moedas tradicionais.
Em outras ocasiões Musk utilizou o Twitter para promover a Dogecoin, o que causou sempre aumentos temporários no valor da criptomoeda conhecida por seu ícone, um cão da raça japonesa Shiba Inu.
A Dogecoin é a segunda criptomoeda promovida publicamente por Musk.
Em fevereiro de 2021, o polémico empresário anunciou que a Tesla investiria 1,5 biliões de dólares na compra de bitcoins e que aceitaria o pagamento através dessa criptomoeda para a compra de veículos.
Esse anúncio fez disparar o valor da mais popular moeda virtual do mercado.
Apenas três meses depois, em maio, Musk recuou e a Tesla parou de aceitar a Bitcoin como pagamento, com o empresário a alegar o alto impacto ambiental da mineração de criptomoedas.