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António Costa: “Maioria absoluta não é poder absoluto, não é governar sozinho”

Líder do Partido Socialista garantiu consensos, falou sobre a reconciliação com a maioria absoluta e sobre os próximos planos para o Governo (um Executivo mais curto).

António Costa: “Maioria absoluta não é poder absoluto, não é governar sozinho”

Numa noite “especial” para o Partido Socialista, António Costa prometeu não governar sozinho apesar de ter conseguido uma maioria absoluta. “Deveremos eleger entre 117 a 118 deputados”, avançou no discurso de vitória.

De acordo com o secretário-geral do PS, a vitória foi da “humildade, da confiança e da estabilidade”.

“Os portugueses mostraram um cartão vermelho a qualquer crise política. Manifestaram o seu desejo de, nos próximos anos, contarem com estabilidade, certeza e segurança – um rumo certo para o nosso país”, afirmou.

Durante a campanha, António Costa disse ter ouvido os portugueses e considera-se agora capaz de interpretar a vitória como “um voto de confiança e enorme responsabilidade”, com foco em promover consensos na Assembleia da República e em sede de concertação social.

Questionado sobre o diálogo com os outros partidos, António Costa garantiu que, assim que tomar posse como primeiro-ministro, irá convocar todos os partidos para conversações, menos o Chega, a terceira força política que sai destas eleições.

Já sobre os perigos da maioria absoluta, o líder socialista disse que ele próprio será o garante de que não será pisado nenhum risco.

“O PS tem consciência que esta maioria só foi possível porque se juntaram aos socialistas muitos milhares de votos de diferentes origens políticas, mas que entenderam que o PS podia garantir estabilidade no país. Saberei interpretar fielmente o mandato que me foi conferido pelos portugueses”, sublinhou.

Quanto à relação com o Presidente da República, António Costa destacou o “longo período” em que Marcelo Rebelo de Sousa, o Parlamento e o Governo mantiveram um entendimento “pacífico e construtivo”.

O discurso terminou com mais duas promessas: uma delas é reconciliar os portugueses com as maiorias absolutas e outra é criar um Governo mais “enxuto”, “uma task-force para a recuperação e progresso”.

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