O ex-deputado do CDS, Diogo Feio, refere que o CDS se encontra “no patamar da total irrelevância”, pedindo uma reflexão sobre o rumo do partido – e até equaciona pensar no possível sentido de os centristas continuarem como uma força partidária.
O ex-deputado centrista aponta, na conta na rede social Facebook, que o partido terá de entender o caminho a fazer, “se é que há” algum.
Para isso, o partido, que agora vê “sem verdadeira representação nacional”, necessita, nas palavras do centrista, de um congresso para “com seriedade e dignidade, fazer uma reflexão”.
Diogo Feio deixa tudo “em aberto”, o que parece supor a possibilidade do próprio fim do partido.
O polémico congresso
O mês de janeiro marcaria o congresso do CDS, onde se elegeria o líder da estrutura partidária.
A antecipação deste foi solicitada por Nuno Melo, adversário interno de Francisco Rodrigues dos Santos, mas sem efeito – a atual direção, em sede de conselho nacional, acabaria por negar as pretensões da oposição, em clima de tensão.
Durante a campanha para as eleições legislativas de 2022, o atual líder do CDS já partilhou a intenção de ser novamente candidato ao congresso, independentemente do resultado eleitoral deste domingo, que se antecipa baixo.
Partido vive contraste com o passado
Os democratas cristãos encontram-se perto da linha que separa os partidos com e sem representação nacional, tendo como projeção a eleição de apenas 1 ou até três deputados.
O CDS alcançou, por várias vezes, o número de 40 deputados no Parlamento. Em 2022, longe dos tempos de Freitas do Amaral, luta pela sobrevivência.