Durante a pandemia, o voto antecipado nas eleições presidenciais 2021 custaram ao Estado 175 mil euros. Porém, as eleições legislativas deste ano vão acarretar um custo quatro vezes mais elevado. Isto, devido ao aumento do número de mesas de voto antecipado, avança esta quarta-feira o Jornal de Notícias.
Os municípios viram-se obrigados a aumentar as secções de voto previstas para assegurar que 1,2 milhões de pessoas consigam exercer esse direito no dia 23 de janeiro. Estão previstas mais de 2.600 secções de voto na semana antes das eleições.
Para garantir o funcionamento das mesas de voto, serão necessários mais de 13.000 membros de mesa. A cada um será atribuído o valor de 51,93 euros, o que representa um custo total para o Estado de 676.648 euros. Para além disso, se tivermos em consideração o funcionamento das 13.821 mesas do dia do sufrágio, o valor sobe para os 4,6 milhões de euros.
Nas eleições presidenciais 2021, Portugal mergulhava numa vaga de casos covid-19, provocada pela variante Delta. Este ano, nas legislativas, estamos perante o aumento de infeções devido à Ómicron.
Nas presidenciais, verificaram-se 675 secções de voto abertas, que precisaram de mais de 3.300 elementos para assegurar o voto antecipado. Mais de 50 mil pessoas votaram uma semana antes das eleições presidenciais.
No mês marcado por novos máximos de casos covid-19 e consequentes isolamentos, os partidos políticos têm vindo a exigir medidas possibilitem que o maior número de pessoas consiga votar.
O Governo aponta que no dia das eleições legislativas possam estar cerca de 380 mil pessoas em isolamento. Porém, ainda não foram avançadas medidas específicas para a aplicar no dia do sufrágio para os infetados.
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