A Igreja não consegue garantir o pagamento das indemnizações às vítimas de abusos sexuais na Igreja Católica até ao final do ano. Até ao momento, das 69 pessoas que reclamaram, apenas metade das presumíveis vítimas foi ouvida pelas comissões de instrução.
As comissões de instrução recolhem os dados dos pedidos de indemnização apresentados. É composta por duas pessoas, uma designada pela diocese e outra pelo grupo Vita, criado pela Conferência Episcopal Portuguesa.
São estes dois elementos que estão encarregados de elaborar os respetivos pareceres.
De acordo com o jornal Público, até ao momento existe um total de 69 pedidos. No entanto, apenas 32 presumíveis vítimas de abusos sexual no meio religioso foram ouvidas.
Um dos motivos apontados passa pela dificuldade de encontrar pessoas para integrar estas comissões de instrução.
Igualmente atrasada está a criação de uma outra comissão, a de fixação de compensação que irá definir se há ou não direito a uma compensação e quais os respetivos valores.
Estes atrasos podem adiar o pagamento das indemnizações às vítimas que estava estimado até ao final de 2025.
A Igreja está aberta a novos pedidos de indemnização e estendeu o prazo até esta segunda-feira.