São ainda desconhecidas as causas do acidente do Elevador da Glória, em Lisboa, que causou, na quarta-feira, 16 mortos e duas dezenas de feridos.
Em entrevista ao Jornal da Noite, da SIC, o advogado Pedro Duro diz que a Carris e a empresa de manutenção do equipamento poderão ser responsabilizadas, mas refere que essa decisão estará dependente da análise ao elevador.
"Podem recair sobre ambas. Depende sobre o que terá acontecido na análise do funcionamento daquele equipamento e na própria vistoria do cabo", começou por dizer.
Sobre eventuais pedidos de indemnização, o advogado afirma que quem terá de proceder ao pagamento das compensações é quem faz a gestão do equipamento.
"Havendo dano, quem tem a obrigação de indemnizar é quem faz a gestão daquele equipamento, portanto, entre as seguradoras ligadas à Carris e a Carris, o problema terá de se resolver entre eles", atirou.
Quanto aos valores das indemnizações, Pedro Duro aponta para o número normal que se pratica em Portugal, que rondará os 70 e 80 mil euros, antevendo uma longa batalha jurídica para concluir este caso.
O descarrilamento na Glória
O Elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e duas dezenas de feridos.
O Governo decretou um dia de luto nacional, cumprido esta quinta-feira.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.