A candidata do Partido Socialista (PS) à Câmara de Lisboa acusa Carlos Moedas de estar a violar o regimento da autarquia ao recusar reunir-se com os vereadores que pediram mais esclarecimentos sobre o acidente no Elevador da Glória.
O ainda presidente da câmara marcou a reunião para dia 13 de outubro, ou seja, um dia depois das eleições autárquicas. Para Alexandra Leitão, a decisão de Carlos Moedas, além de "uma grande presunção de que vai ser eleito", é "um ato provocatório" e "uma violação ao regimento da câmara que diz que tem de ser marcada em oito dias".
“[A atitude de Carlos Moedas] é, sobretudo, uma tentativa clara e muito criticável de se furtar ao escrutínio democrático”, frisou a candidata socialista.
O PS avançou no domingo com um requerimento para uma reunião extraordinária da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para obter "esclarecimentos sobre falsidades, omissões e incongruências" no âmbito do acidente do ascensor da Glória, disse à Lusa o vereador Pedro Anastácio.
Este requerimento, que junta PS, Livre, Bloco e Esquerda e Cidadãos por Lisboa, para uma reunião no dia 25 de setembro, surge "na sequência de duas reportagens da comunicação social, onde veio um conjunto de factos novos que ainda não eram de conhecimento público e que destapam e demonstram omissões e incongruências", nota o vereador do PS.
Em causa está, nomeadamente, a "ocorrência de dois acidentes anteriores - em outubro de 2024 e maio de 2025 - que foram publicamente negados pelo presidente do Conselho de Administração da Carris e pelo vice-presidente da Câmara Municipal, mas que a própria Carris veio agora confirmar", segundo se lê no requerimento dos vereadores socialistas.
- Com Lusa