Os doadores internacionais comprometem-se a entregar mil milhões de dólares ao Afeganistão, numa altura em que as Nações Unidas avisam que o dinheiro é fundamental para combater a fome no país.
Depois de quatro décadas de guerras e instabilidade, o Afeganistão enfrenta uma crise humanitária de enormes proporções.
A frase é do secretário-geral da ONU, António Guterres, que alertou esta segunda-feira para a necessidade urgente de ajudar o país onde 14 milhões de pessoas enfrentam uma situação de fome, que se agravou desde que os talibã tomaram o poder.
Mais de quatro milhões de mulheres e quase 10 milhões de crianças estão em risco.
Em Genebra, numa conferência ministerial, Guterres pediu a solidariedade da comunidade internacional e os doadores comprometeram-se a entregar ao Afeganistão, a organizações no terreno, mil milhões de dólares.
A França vai contribuir com 100 milhões de euros para o plano de emergência elaborado pela ONU, os Estados Unidos com 54 milhões e Espanha com 20 milhões de euros.
Segundo a ONU, na ausência de apoio, 97% da população afegã corre o risco de ficar abaixo do limiar da pobreza no próximo ano, em contraste com os atuais 72%.
O responsável máximo das Nações Unidas anunciou que a organização também vai contribuir com cerca de 17 milhões de euros de um fundo de ajuda de emergência para apoiar de imediato as agências humanitárias.
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