Dois dos principais generais norte-americanos defendem que os Estados Unidos deveriam ter deixado forças militares no Afeganistão. O assunto foi debatido no senado, esta terça feira.
Durou seis horas a audição, no Senado, dos principais líderes militares norte-americanos – entre os quais o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, que admitiu, pela primeira vez em público, que o país não deveria ter retirado totalmente do Afeganistão.
Os generais recusaram, no entanto, confirmar se estas recomendações foram feitas diretamente a Joe Biden. A porta-voz da Casa Branca diz que houve pareceres contraditórios e que a decisão cabe ao Presidente.
Na comissão, referiu-se ainda que o falhanço da operação terá começado muito antes da retirada, com o acordo assinado entre o anterior presidente Donald Trump e os talibã, em Doha.
No Afeganistão, imagens arrepiantes mostram os corpos de alegados raptores que foram executados pelos talibã e pendurados nas ruas da cidade de Herat. Na capital, a população reclama pela falta de empregos e de acesso à saúde.
Tudo indica que está iminente o colapso do sistema bancário e que o novo poder talibã tenciona recorrer à ajuda da China e da Rússia.
Enquanto a população de Cabul se queixa, em Washington, os militares dizem que retirada americana foi um falhanço estratégico.